Doença: Hpv (Papilomavírus Humano)

A DST OU IST MAIS COMUM:  HPV

O papilomavírus humano (HPV), um microrganismo da família Papovavirídae, é o agente causador da papilomatose humana. A infecção pelo HPV ganhou importância pela sua grande incidência, elevada prevalência, alta infectividade, facilidade de contágio e estreita relação com o câncer de colo do útero, ao qual está associada em até 95% dos casos, e com o câncer do pênis.

A despeito da grande prevalência da infecção, somente 1% dos infectados apresentam o condiloma clássico e apenas 2% das lesões podem ser visíveis com o ácido acético (na peniscopia no homem ou colposcopia na mulher). Isto a torna uma doença particularmente difícil de manipular e controlar.

Quando ocorre o contágio o que pode ocorrer 4 possíveis evoluções:

1) O organismo elimina o vírus, o que acontece na maioria dos casos em 12 meses, chegando a 92% em dois anos.

2) O vírus fica latente, com o DNA presente no núcleo da célula, multiplicando-se junto com a célula hospedeira, que tem aparência normal. Infecção latente pode tornar-se ativa por causa ainda desconhecida e, enquanto está latente, só pode ser detectada por métodos de biologia molecular (por exemplo captura híbrida), pois não há alteração histológica. Trata-se da incubação, que pode durar desde três a oito meses e até vários anos.

3) Surgir infecção subclínica (fase produtiva). A forma subclínica só pode ser evidenciada com o uso de lentes de grande aumento após o emprego de ácido acético a 5% (genitoscopia/peniscopia). É comum haver infecção subclínica em torno das verrugas genitais.

4) A forma clínica (fase produtiva) pode ser vista a olho nu; são as verrugas ou condilomas acuminados.

Como as lesões evoluem?

Até 65% das lesões regridem espontaneamente, 14% progridem para lesões displásicas, 45% podem ficar latentes após tratamento. As lesões podem evoluir para neoplasia intra-epitelial, carcinoma in situ e carcinoma escamoso.

No homem, as localizações mais comuns são: prepúcio e sulco, 60% a 90%; corpo, 8% a 55%; glande, 1% a 20%; uretra, 9% a 21%; escroto, 5% a 20%.

Além do tratamento das lesões pode ser feito a vacina. No entanto a vacina está formalmente indicada para quem não apresentou exposição ao HPV. A vacina quadrivalente tem indicação crescente no mundo inteiro. Tem indicação em homens dos 9 aos 26 anos. O uso acima dessa idade é controverso, mas publicações recentes tem mostrado vantagens inclusive em pacientes que já tiveram o HPV, na diminuição das reinfecções. A circuncisão ou postectomia também deve sempre ser proposta após o tratamento inicial. Na mulher pode ser usado a vacina bivalente ou quadrivalente com indicações semelhante à do homem.

Referência bibliografia

-GUIA PRÁTICO DE UROLOGIA – SOCIEDADE BRASILEIRA DE UROLOGIA

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