Infecção do trato urinário (itu) é a infecção bacteriana mais comum no ser humano. É a segunda infecção mais
freqüente, só sendo ultrapassada pelas infecções das vias aéreas superiores que são causadas por vírus.
São classificadas em não-complicadas ou complicadas se houver alguma alteração no trato geniturinário seja
anatômica ou funcional.
As infecções urinárias ocorrem em ambos os sexos e em todas as idades, porém são mais freqüentes nas
mulheres. Aproximadamente 20% das mulheres apresentaram o quadro ao longo da vida.
Algumas características da população e o tipo de infecção são importantes devido aos maiores riscos que
podem estar envolvidos. Nas crianças as infecções urinárias sempre são um problema e devem receber uma avaliação
especializada pelo risco de lesão renal, sendo necessário avaliar a presença de alterações anatômicas ou funcionais.
Infecções urinárias de repetição, definido como três ou mais episódios por ano, são relativamente comuns em mulheres
que também devem ser pesquisado fatores associados predisponentes para persistência ou recorrência do quadro. No
homem uma alteração importante é o crescimento da próstata ou estenoses de uretra que em alguns casos está
associado a infecções urinárias graves. Também são particularmente importantes as infecções urinárias associadas à
febre e dor lombar que caracterizam infecção renal que algumas vezes pode evoluir para quadros graves.
São muito variáveis os sintomas das infecções urinárias, algumas pessoas são assintomáticas outras
apresentam dor ao urinar, aumento da freqüência com eliminação de pequenas quantidades de urina por vez, perda de
urina, dor abdominal, febre e dor lombar e até mesmo comprometimento de outros órgãos com falência dos mesmos.
O diagnóstico envolve os sinais e sintomas informados e exame físico do paciente. Alguns exames de
laboratório como urina e sangue também são importantes, mas são necessárias orientações específicas na maneira de
colher o material para realizar os testes.
Feito o diagnóstico o tratamento poderá envolver uso de antibiótico por um período, porém em alguns pacientes serão
necessárias outras medidas como mudanças comportamentais, uso de medicações por tempo prolongado e até
procedimento cirúrgico.
Referências bibliograficas:
- GUIA PRATICO DE UROLOGIA – SOCIEDADE BRASILEIRA DE UROLOGIA